quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Whatsapp corre risco de ser banido no Brasil, entenda a história!

Um processo judicial contra o aplicativo corre na Justiça, que pretende suspender a utilização do mensageiro.
Ao que tudo indica, o Whatsapp - mensageiro do Facebook - está enfrentando problemas judiciais sérios por aqui. Surgiu pela internet nesta quarta-feira (25) um documento do Tribunal de Justiça do Piauí direcionado a uma empresa de telefonia que determina que os acessos de seus usuários ao app sejam suspensos em todo território nacional. Depois de toda treta que rolou com o Secret, será que nosso querido mensageiro corre risco de ficar fora do ar?
A decisão foi tomada pelo juiz Luiz Moura Correia que declarou não ser possível informar os motivos que levaram à determinação sentença, afinal há uma ação judicial em andamento e tudo precisa ser mantido em segredo até que o julgamento do caso seja encerrado.
"Suspenda temporariamente até o cumprimento da ordem judicial, em todo território nacional, em caráter de urgência no prazo de 24 horas após o recebimento, o acesso através dos serviços da empresa aos domínios whatsapp.net ewhatsapp.com, bem como todos os seus subdomínios e todos os outros domínios que contenham whatsapp.net e whatsapp.com em seus nomes e ainda todos números de IP (Internet Protocol) vinculados aos domínios já acima citados", dizia o documento que comunica a decisão.
Vários sites indicam que essa "operadora misteriosa" é a Vivo, mas não há confirmações oficiais sobre assunto. Até que a Justiça emita nova notificação ou que a empresa em questão se retrate, nenhuma dessas informações pode ser tomadas como seguras.
Não é a primeira vez que um aplicativo fica banido por aqui. Vocês lembra o que aconteceu com o polêmico Secret em 2014? Hoje em dia, o app de publicações anônimas já resolveu seus problemas e voltou ao ar com funcionalidades novas como chat privado, inclusive. Vamos torcer pra que esse lance do Whatsapp seja só um susto.Conheça tambem o Canal no YOUTUBE

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Nasa vai procurar formas de vida em lua de Júpiter

A velha pergunta sobre a existência de vida fora da Terra pode estar mais próxima de uma resposta positiva. Os cientistas da NASA questionam a existência de organismos vivos em uma lua de Júpiter, a Europa, e programam uma missão para explorar sinais de vida alienígena. Na semana passada, funcionários da agência espacial americana realizaram uma oficina do Centro de Pesquisa da instituição para discutir o tema. — Esta é a nossa chance. Eu só espero que não perca esta oportunidade por falta de ideias — disse John Grunsfeld, chefe de ciência NASA, segundo o site Space.com. Os pesquisadores planejam pesquisar as nuvens de vapor de água. Em 2012, através do telescópio Hubble, foi permitido ver a explosão em uma região lunar próxima a que os cientistas querem pesquisar. Há anos a Nasa busca fazer esta missão em uma das luas de Júpiter mas somente em 2016 é que a Casa Branca reservará US$ 30 milhões para o empreendimento.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

'Não sabia que era crime', diz jovem preso por ameaça de bomba nos EUA

Jovem de Sorocaba (SP) desembarcou no Brasil após ficar um ano detido. Segundo ele, trote para o FBI foi um 'desafio' proposto por amigos. O brasileiro que ficou mais de um ano preso nos Estados Unidos por ter enviado um e-mail às autoridades americanas dizendo que havia uma bomba em um avião disse ao G1 que mandou a mensagem porque não conhecia as leis do país. "Não sabia que era crime. Se soubesse, jamais teria enviado", afirma Francisco Fernando Cruz, que voltou para casa, em Sorocaba (SP), nesta quinta-feira (19). Eu estava sentado na minha poltrona quando vi uns dez agentes do FBI, da CIA e da polícia de Miami entrando no avião. Na hora, pensei: 'nossa, deve ter alguém muito perigoso aqui dentro'. E no fim, era eu" Francisco Fernando Cruz, brasileiro preso nos EUA Segundo ele, um grupo de amigos que ele conheceu na internet fez com que ele lançasse um "trote" como desafio. "A gente sempre se desafiava e tinha que provar que realmente tinha cumprido a missão. Eu esperava que o FBI respondesse meu e-mail com algo como: 'precisamos de mais informações sobre isso', porque a intenção era chamar a atenção deles. Mas ninguém respondeu nada, já foram direto para a investigação", justifica o estudante. Francisco foi preso no aeroporto de Miami no dia 9 de janeiro de 2014, dentro do avião que o traria de volta ao Brasil depois de passar um ano e meio estudando e trabalhando em Nova York. Ele lembra que foi um susto ser abordado por uma equipe tão grande. "Eu estava sentado na minha poltrona quando vi uns dez agentes do FBI, da CIA e da polícia de Miami entrando no avião. Na hora, pensei: 'nossa, deve ter alguém muito perigoso aqui dentro'. E no fim, era eu", relata. Da aeronave, o estudante foi escoltado até uma sala do aeroporto, onde foi interrogado e confessou que tudo não passava de uma brincadeira. "Eles orientam todo mundo a avisar quando achar que tem alguma coisa suspeita. Se eu dissesse que tive um mau pressentimento, não teria acontecido nada comigo, mas, como falei dando certeza do que ia acontecer, acabei sendo preso", conta Francisco. Nos meses seguintes, ele passou por penitenciárias de três estados americanos e dividiu cela com até 60 presos estrangeiros. Devido ao bom comportamento, a pena de um ano e um dia foi reduzida, e Francisco deveria ter sido libertado no dia 23 de novembro de 2014. No entanto, a burocracia do processo de deportação atrasou a volta do brasileiro ao país de origem, e ele acabou saindo de Atlanta, na Geórgia, apenas na última quarta-feira (18). Da experiência, o estudante diz que ficou o aprendizado. "Você aprende a não confiar muito nas pessoas. Eu tinha vários amigos nos Estados Unidos que sumiram quando eu fui preso. Ninguém quis tentar ajudar, todo mundo dizia que não queria se envolver. Nessas horas, a gente aprende quem realmente está do nosso lado", declara Francisco. Viagem e reecontro Depois de deixar a última penitenciária, na Geórgia, o brasileiro foi acompanhado por dois oficiais de imigração até o aeroporto de Atlanta, e só teve as algemas dos pés e das mãos retiradas na sala de embarque. Ainda assim, os agentes viajaram com ele até o Brasil, um de cada lado da poltrona onde ele estava. "Se eu ia ao banheiro, um deles ia comigo. Me senti um pouco humilhado. Não tinha necessidade de tudo isso", conta o estudante, que só foi totalmente libertado após passar pela Polícia Federal no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Do lado de fora do portão de desembarque, a mãe, Cláudia Cruz, o esperava de braços abertos. Sobre o reencontro, Francisco resume: "Foi perfeito". Depois do longo abraço que se seguiu, Cláudia não desgrudou mais do filho. "Agora, estou feliz de verdade", diz, com um sorriso no rosto. Após o desembarque no Rio de Janeiro, mãe e filho pegaram outro voo para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), onde chegaram pouco depois das 19h30 desta quinta-feira (19). Em seguida, os dois seguiram de ônibus para Sorocaba, onde a família mora. Ele já pagou tudo o que tinha que pagar. Ele não matou, não roubou e não fez mal a ninguém, só a ele mesmo" Claudia Cruz, mãe de Francisco Questionada se perdoa a atitude do filho, Cláudia não hesita : "E que mãe não perdoa o próprio filho? Ele já pagou tudo o que tinha que pagar. Ele não matou, não roubou e não fez mal a ninguém, só a ele mesmo", afirma a cabeleireira. Planos para o futuro Francisco não vai poder entrar nos Estados Unidos por dez anos, mas diz que não pensa em voltar para lá, mesmo que conseguisse o visto. "Não tenho mais vontade nenhuma. Agora, vou voltar a estudar e concluir minha faculdade aqui", afirma o estudante de marketing. Recém chegado, ele ainda não encontrou os amigos, mas diz que isso deve acontecer em breve. "Primeiro, quero matar a saudade da minha família. Já entrei em contato com alguns amigos, mas ainda não combinamos nada. Vou falar com eles esses dias para ver se a gente faz uma festa", encerra. Entenda o caso O sorocabano foi preso no dia 9 de janeiro em Miami, nos Estados Unidos. A polícia americana publicou a queixa em seu site informando que Francisco, que morava nos EUA havia dois anos, tinha enviado no dia 8 um e-mail ao Departamento de Polícia de Miami (MDPD) e à TAM Linhas Aéreas alertando sobre a existência de uma bomba em um avião da empresa. A mensagem informava: "Flight must not take off. Targeted. It will go down. Retaliation. Cargo is dangerous. Be advised" (Voo não deve decolar. Marcado. Vai cair. Retaliação. Carga é perigosa. Estejam avisados). Segundo a polícia americana, o Departamento de Polícia de Miami rastreou a origem da mensagem e concluiu que ela foi enviada de um computador na Montclair State University, na cidade de Montclair, estado de Nova Jersey. A polícia teve acesso às imagens que mostram o terminal de computador usado para enviar a mensagem. "A segurança pública de quem viaja é fundamental, e quaisquer ameaças feitas para perturbá-la serão investigadas sem impunidade", declarou JD Patterson, diretor do MDPD. Na época, a assessoria da TAM Linhas Aéreas afirmou que foi notificada pelas autoridades do EUA sobre a suposta presença de bombas a bordo de uma de suas aeronaves. "Para garantir a segurança dos clientes e da tripulação, a companhia, como já fez em outras circunstâncias de alarme falso, reforçou a inspeção de todas as cargas despachadas, assim como aos passageiros", diz a nota. Ainda segundo a TAM, após investigações, foi confirmada que a ameaça era falsa. "Nenhum risco foi detectado à segurança do voo JJ8043. A aeronave decolou normalmente, no horário previsto", completa a nota.

Corrupção na Petrobras deveria ter sido investigada nos anos 90, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta sexta-feira (20) que se casos suspeitos de corrupção na Petrobras tivessem sido investigados durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do PSDB, já na década de 1990, o esquema descoberto pela operação Lava Jato que envolve a estatal não ocorreria.
"Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção", disse Dilma após cerimônia no Palácio do Planalto. 
Foi a primeira entrevista de Dilma em seu segundo mandato na Presidência. A presidente não dava declarações à imprensa desde dezembro de 2014.
Barusco disse à PF que abriu uma conta na Suíça no final da década de 1990 para receber as remessas ilegais de dinheiro da SBM, que, segundo ele, totalizaram US$ 22 milhões até 2010.
Dilma disse também que os esquemas de corrupção agora são investigados. "Hoje nós demos um passo e para esse passo devemos olhar e valorizar. Não tem 'engavetador da República', não tem controle da Polícia Federal, nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da Polícia Federal. E isso significa que o Ministério Público e a Justiça e todos os órgãos do Judiciário que o que está havendo no Brasil é o processo de investigação como nunca foi feito antes."
A presidente também isentou as empresas dos "malfeitos" investigados pela Lava Jato, dizendo que eles foram cometidos por funcionários.
Para Dilma, as investigações contra executivos e acionistas das empreiteiras suspeitas de participarem do esquema de corrupção não podem interferir nas obras no país. "É necessário criar emprego e gerar renda no Brasil".
"Isso não significa, de maneira alguma, ser conivente, ou apoiar, ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer", afirmou.
Dilma disse ainda que não irá tratar a Petrobras como principal responsável pela corrupção e que quem deve responder pelas irregularidades cometidas na empresa são os funcionários que praticaram atos de desvio e lavagem de dinheiro da estatal.
"Quem praticou malfeitos foram funcionários da Petrobras, que vão ter de pagar por isso. Quem cometeu malfeito, quem participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles, essa é a regra do Brasil", disse.
As declarações foram dadas pela presidente em uma entrevista coletiva após a cerimônia de entrega das cartas credenciais dos embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto, em Brasília.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Por que o Estado Islâmico utiliza técnicas tão brutais?

A terceira decapitação divulgada em vídeo nas últimas semanas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), no sábado, trouxe mais uma vez à tona a pergunta: por que os militantes são tão cruéis?Nos últimos meses, foram divulgados relatos e até vídeos de decapitações, crucificações, apedrejamentos, genocídios e sepultamento de vítimas vivas nas regiões que dominam no Iraque e na Síria.Enquanto forças de quase 40 países se preparam para lançar uma ofensiva militar contra o EI, liderada pelos Estados Unidos, muitos tentam entender o que está por trás da selvageria dos jihadistas.O professor Fawaz A. Gerges, da escola de Estudos Contemporâneos sobre Oriente Médio da universidade London School of Economics (LSE), explica neste artigo como a agressividade sem limites se tornou a principal arma do Estado Islâmico.Para os militantes, a violência extrema é uma decisão consciente aterrorizar os inimigos, além de impressionar e cooptar seus jovens recrutas.
O Estado Islâmico é adepto da doutrina de guerra total sem limites e restrições – não há, por exemplo, arbitragem ou transigência quando se trata de solucionar disputas mesmo com rivais sunitas.
E, ao contrário da organização que lhe deu origem, a al-Qaeda, o EI não recorre à teologia para justificar os crimes.
A violência tem suas raízes no que pode ser identificado como "duas vertentes", segundo a escala e a intensidade da brutalidade.
A primeira, liderada por discípulos de Sayyid Qutb – um islamita egípcio radical considerado o teórico supremo do jihadismo moderno -, tinha como alvo regimes árabes seculares pró-Ocidente ou o que chamavam de "inimigo próximo", e, no geral, demonstrava moderação no uso da violência política.
Após o assassinato do presidente egípcio Anwar Sadat, em 1980, essa insurgência islamita se dissolveu até o final dos anos 90 ao custo de 2 mil vidas. Muitos dos militantes haviam seguido para o Afeganistão nos anos 80 para combater um novo inimigo global – a União Soviética.

'Máquina mortífera'

A jihad ("guerra santa") afegã contra os soviéticos deu origem à segunda vertente que, mais tarde, ganhou um alvo específico – o "inimigo distante": os Estados Unidos, e em menor grau, a Europa.

Essa segunda onda foi encabeçada por um multimilionário saudita que virou revolucionário, Osama Bin Laden.
Bin Laden fez um grande esforço para racionalizar o ataque da al-Qaeda aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, chamando-o de "jihad defensiva", ou retaliação contra a dominação americana das sociedades muçulmanas.
Consciente da importância de arrebanhar corações e mentes, Bin Laden enviou sua mensagem aos muçulmanos e até a americanos como uma espécie de auto-defesa, e não agressão.
Esse tipo de justificativa, no entanto, não tem relevância para o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, que não parece se importar com o que o mundo pensa da sanguinolência dos ataques do grupo.
Em contraste às duas primeiras vertentes, o EI professa ação violenta sem qualquer preceito teórico ou teológico e em nenhum momento demonstrou ter um repertório de ideias que sustente e nutra a sua base social. Trata-se de uma máquina de matar alimentada por sangue e armas.
Indo além da doutrina de Bin Laden de que "quando as pessoas veem um cavalo forte e um cavalo fraco, por natureza vão escolher o mais forte", a vitória por meio do terrorismo de al-Baghdadi indica a amigos e inimigos que este é um "cavalo vencedor".
"Saia do caminho ou você será esmagado; junte-se a nós e faça história" parece ser o lema do EI.
Evidências cada vez mais fortes mostram que, nos últimos meses, centenas senão milhares de antigos e obstinados inimigos do EI, como a Frente al-Nusra e a Frente Islâmica, responderam ao chamado de al-Baghdadi.

'Choque e pavor'







Crédito: AP
Centenas de jihadistas teriam engrossado as fileiras do EI nos últimos meses

A propaganda sofisticada do EI mira jovens sunitas desiludidos e descontentes em todo o mundo porque o grupo é visto como uma vanguarda poderosa que oferece a vitória e a salvação.
Longe de abominarem a brutalidade do grupo, os jovens recrutas são atraídos pelas táticas de choque e pavor contra os inimigos do Islã.
Suas façanhas no campo de batalha – especialmente o controle de enormes partes do território na Síria e Iraque e o estabelecimento do califado – repercutem perto e longe da região. Nada é melhor do que o sucesso, e as vitórias militares recentes do EI têm resultado em um boom no recrutamento.
Homens muçulmanos que vivem em países ocidentais se juntam ao EI e outros grupos extremistas porque eles se sentem parte de uma missão maior – ressuscitar um tipo idealizado perdido de califado e ser parte de uma comunidade unida com uma identidade forte.
Inicialmente, muitos jovens de Londres, Berlim e Paris e de outros lugares migram para as terras da jihad para defender correligionários perseguidos, mas acabam nas garras do EI, praticando atos de extrema crueldade, como a decapitação de civis inocentes.
As origens do extremismo selvagem do EI podem ser traçadas até a al-Qaeda no Iraque, liderada por Abu Musab al-Zarqawi, que foi morto pelos americanos em 2006.
Tal como o grupo que lhe deu origem, o EI é alimentado pelo ódio aos xiitas e às minorias em geral, retratando-se como a ponta da lança de árabes sunitas na luta contra os regimes sectários de Bagdá e de Damasco.
Al-Zarqawi e al-Baghdadi veem xiitas como infiéis, uma quinta coluna no coração do Islã que deve ser exterminada.
Seguindo os passos de al-Zarqawi, al-Baghdadi ignora constantes apelos de seu mentor, Ayman al-Zawahiri, líder da al-Qaeda, para evitar a matança indiscriminada de xiiitas e, em vez disso, atacar os regimes xiitas e alauítas no Iraque e na Síria, respectivamente.

Estados Unidos







Crédito: AP
Líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi ameaçou matar militares americanos se houver ofensiva

Ao explorar a brecha entre sunitas e xiitas no Iraque e o aprofundamento da guerra civil sectária na Síria, al-Baghdadi construiu uma poderosa base de apoio entre sunitas rebeldes e fundiu seu grupo nas comunidades locais.
Ele também reestruturou a sua rede militar e cooptou militares experientes do antigo Exército de Saddam Hussein que acabaram por transformar o EI em uma força de combate sectária profissional.
Até agora, o EI vem focando nos xiitas e não no "inimigo distante". A luta contra os EUA e a Europa está distante e não é uma prioridade: é preciso, primeiro, aguardar a libertação em casa.
No auge de bombardeios israelenses de Gaza em agosto, militantes criticaram o EI nas redes sociais por matar muçulmanos enquanto não faziam nada para ajudar os palestinos.
O EI reagiu dizendo que a luta contra os xiitas têm prioridade sobre todo o resto.
Agora que os EUA e a Europa uniram forças contra o EI, o grupo vai usar todos os seus ativos em retaliação, decapitando mais reféns. Há também uma probabilidade crescente de que o grupo ataque alvos diplomáticos no Oriente Médio.
Embora possa querer encenar uma operação de grandes proporções no território americano ou europeu, restam dúvidas se o EI tem a capacidade de realizar ataques complexos como os de 11 de setembro de 2001.
Há alguns meses, em resposta à ebulição de seus seguidores, al-Baghdadi reconheceu que sua organização não estava preparada para atacar os americanos em casa.
Ele disse, porém, que desejava que os EUA fizessem uma ofensiva terrestre para que o EI pudesse se envolver diretamente com os americanos - e matá-los.

Obama: 'Não hesitarei em atacar o EI na Síria'

Um dia antes do aniversário dos ataques de 11 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na quarta-feira (10) que "não hesitará" em realizar ataques contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Em um pronunciamento na TV americana, Obama também disse que vai financiar e treinar rebeldes sírios para combater o grupo radical islâmico.
Ele afirmou ainda que pedirá apoio do Congresso do país para levar o plano adiante.
"Quem ameaçar os Estados Unidos, não encontrará porto seguro", afirmou Obama, referindo-se ao terrorismo.
Ele destacou, entretanto, que a ofensiva será diferente das ocorridas no Afeganistão e no Iraque, acrescentando que não haverá tropas americanas em solo.
Segundo Obama, seu objetivo é "enfraquecer e, em última análise, destruir" o Estado Islâmico por meio de uma estratégia de contra-terrorismo sustentada e abrangente.
Fawaz A. Gerges ocupa a cadeira Emirates em Estudos Contemporâneos sobre Oriente Médio na universidade LSE, em Londres. Ele é autor de vários livros, incluindo 'Journey of the Jihadist: Inside Muslim Militancy' ('Jornada de um Jihadista: Por dentro da Militância Muçulmana', em tradução livre).


Fonte:Site BBC Londres

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Dez pessoas são baleadas em bloco na Praça da Matriz, em Paraty

A polícia já identificou dois atiradores, mas não revelou a identidade deles.

Dez pessoas foram baleadas na praça da Matriz em Paraty, no litoral sul fluminense, na madrugada deste domingo (15), durante um bloco de Carnaval no centro histórico da cidade. Os feridos têm idades entre 22 e 32 anos, sendo um turista paulista. Dois atiradores fugiram usando um barco, e um terceiro, a pé.
De acordo com a polícia, o tiroteio, com o uso de pistolas, teria ocorrido entre duas duplas de traficantes rivais que se encontraram no bloco.
"O que pudemos apurar foi que dois traficantes tentaram matar um rival, mas não contavam que o alvo estaria acompanhado. Houve troca de tiros entre essas quatro pessoas, e outras nove que estavam no bloco foram feridas", afirmou o delegado Bruno Gilaberte, titular da delegacia de Paraty.
Os foliões feridos foram identificados como Rodrigo Eiras; Fernando Alves Silvino; Larissa da Rocha Chaves, 20; Renata dos Santos, 22; Flávia Aline de Moraes, 31; Thiago Barbosa da Silva, 32; Ellen Oliveira dos Santos, 19, Brenda Maria Pacheco e Roberto Pacheco.
Segundo a polícia, somente Emerson Martins de Jesus, 22, alvo dos traficantes rivais, está em estado grave após ser baleado com cinco tiros.
Eiras, turista paulistano, já recebeu alta do hospital, assim como as vítimas Renata e Flávia.
A polícia já identificou dois atiradores, que conseguiram fugir, mas ainda não revelou suas identidades. Imagens de estabelecimentos comerciais que no entorno da praça estão sendo recolhidas para ajudar na identificação do quarto homem que teria participado do tiroteio.
Ainda segundo Gilaberte, o tráfico de drogas em Paraty, que é uma cidade pequena, estaria crescendo. "Esses traficantes possuem uma ligação ideológica com grandes grupos, como o Terceiro Comando e Comando Vermelho, mas não pertencem a eles, no sentido de ocorrer o tráfico de armas e drogas com representantes delas no Rio. São pequenos revendedores que, para conseguir crescer e impor medo, falam que são traficantes. Prefiro chamar de gangues", disse.
A Prefeitura de Paraty informou que o Carnaval na cidade irá continuar a ocorrer, mas com restrições. Uma reunião com a Polícia Militar local ocorre desde cedo para determinar quais serão as mudanças.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Entenda como Eike Batista ficou rico aos 23 anos e aos 56 está voltando a ficar pobre



Pobre sou eu, mas quem perdeu R$ 46 bilhões de um ano pra cá foi ele. E agora Eike não tem mais como se manter. Pelo menos não na lista dos 100 mais ricos do mundo. A fortuna dele está em R$ 22 bilhões (US$ 10,7 bi), segundo a Bloomberg. É só um terço do que tinha em março de 2012.
Até outros brasileiros deixaram ele para trás. Pela direita, passou o banqueiro Joseph Safra (US$ 12 bilhões),  veterano nas listas de mais ricos do mundo. Pela esquerda, veio a empreiteira Dirce Camargo (US$ 13,8 bilhões), da Camargo Corrêa. E quem passou voando mesmo por Eike foi o cervejeiro, hamburgueiro e agora vendedor de catchup Jorge Paulo Lemann. Com US$ 19,8 bilhões, o criador da Ambev, dono do Burger King e sócio de Warren Buffett na Heinz é quem ostenta o troféu de mais rico do país.
Bom, se juntar bilhões é um esporte – e é mesmo – um jeito de achar a resposta é analisar como foi a carreira dele desde as “categorias de base” dessa modalidade.
Eike ficou rico quando tinha praticamente a idade do Thor Batista. Aos 23 anos, abandonou a faculdade de engenharia na Alemanha para tentar ganhar dinheiro com o ouro da Amazônia. Era o auge do garimpo lá, no começo dos anos 80. Teve até filme dos Trapalhões sobre o fenômeno.
Eike, então, fez como Didi, Dedé, Mussum e Zacarias: foi tentar a sorte no garimpo. Pediu US$ 500 mil emprestados a dois amigos joalheiros para se estabelecer como comerciante de ouro no meio do mato. Comprava ouro na Amazônia e revendia no Sudeste. Em pouco tempo, os US$ 500 mil viraram US$ 6 milhões. É mais dinheiro do que parece. US$ 6 milhões do começo dos anos 80 equivalem a US$ 15 milhões de hoje. Trinta milhões de reais. Não tinha nem 25 anos e já estava com quase tanto dinheiro quanto o Renato Aragão.
Em vez de torrar esses milhões vivendo a melhor juventude que o dinheiro pudesse comprar, Eike fez o que parecia menos sensato: gastou tudo em máquinas que faziam extração mecânica de ouro. E os US$ 6 milhões viraram US$ 1 milhão. Por mês. Três milhões de reais em dinheiro de hoje. Por mês (repito aqui pra dar um tom dramático – merece).
Ele não parou nisso. Claro. Comprou mais minas, mais máquinas, ficou sócio de empresas peso-pesado da mineração e, com 40 e poucos anos, chegou ao primeiro bilhão de dólares. Entrou para a Fórmula 1 do dinheiro.
E fez uma primeira temporada de Vettel. No começo dos anos 2000 resolveu trocar o ouro por minério de ferro. Perfeito: se ouro vale “mais do que dinheiro”, minério de ferro vale mais do que ouro. Por causa volume, lógico: todo o ouro minerado na história da humanidade dá mais ou menos 140 mil toneladas.  Isso é o que a Vale extrai de minério de ferro em seis horas.
Em 2005, então, ele fundou sua mineradora, a MMX. Um ano e meio depois ele vendeu uma fatia dela para outra mineradora, a Anglo-American. Pagaram US$ 5,5 bilhões. A lista da Forbes com os mais ricos do mundo em 2007 já tinha saído, três meses antes da negociação. E o brasileiro mais bem colocado ali era Joseph Safra, com 6 bilhões. Ou seja: o negócio com a Anglo-American foi mais do que suficiente para que Eike fosse dormir sabendo ser o homem mais rico do Brasil.
E se Eike não tinha parado quando ganhou uma megasena no braço, nos tempos da Amazônia, não era desta vez que iria amarrar o burro na sombra. O mercado passou a enxergar o cara como uma mina de ouro. Ele deixava de ser só um nome na coleira da Luma de Oliveira para virar a grande esperança dos investidores. E Eike aproveitou a maré. Foi financiar sua ideia mais ambiciosa: a de construir uma concorrente da Petrobras.
Era a OGX, seu projeto de companhia de petróleo. Em 2008 Eike lançou ações dela na bolsa. Na prática, estava vendendo 40% da OGX antes de ela virar realidade. Levantou R$ 6 bilhões nessa  - era o maior IPO (venda inicial de ações) da história da Bovespa até então.
Agora ele era o herói.
Àquela altura Eike já tinha uma Vale e uma Petrobras para chamar de suas. Ainda que a MMX fosse bem menor que a Vale e a OGX ainda não tivesse saído do PowerPoint, já era algo que ninguém na história do país tinha conseguido. Mas isso era só um pedaço do que ele tinha em mente. Eike queria algo bem maior: montar um ecossitema de empresas, em que uma sustentasse a outra.
Assim: uma mineradora sempre precisa pagar para que algum porto escoe a produção dela – de preferência para a China, o maior consumidor de minério do mundo. Então porque não ser dono da mineradora e do porto também? Então criou a LLX, uma empresa de logística dedicada à construção de portos. Mais: mineradoras e portos precisam de energia. E pagam caro por isso. Então valia a pena ser dono da companhia de energia também. Eike já tinha uma empresa de termelétricas desde 2001, a MPX. Agora, então, a MPX faria as usinas que alimentariam as minas da MMX, os portos da LLX e as instalações da OGX. A própria MPX seria também alimentada por outra empresa de Eike: a CCX, uma companhia de mineração de carvão dedicada a fornecer combustível para suas termelétricas.
Ah: a OGX precisava de um fornecedor de equipamentos de perfuração e de plataformas marítimas. Quem fabricaria tudo isso para Eike? Eike mesmo, ué. Então ele fundou a OSX, um estaleiro sob medida para alimentar as necessidades da OGX. E onde instalar a OSX? No porto da LLX. Porto que, de quebra, também pode estocar petróleo da OGX…
No papel, a ideia é irresistíel: uma companhia ajudando a outra, num círculo virtuoso sem fim. O mercado gostou. E cada uma dessas empresas teve seu IPO bilionário, o que levaria Eike aos seus US$ 34 bilhões e à sétima posição na lista da Forbes em 2012.
Só tem um problema: os mesmos elementos que moldam um círculo virtuoso também podem trazer um círculo vicioso. Foi o que aconteceu. A OGX saiu do papel produzindo só 25% do que a própria empresa esperava.  Nisso, a OSX enfraqueceu também: a petroleira de Eike tem encomendas no valor de US$ 800 milhões com o estaleiro de Eike; se a OGX vende pouco petróleo, pode não ter como pagar a OSX. Sem essas duas funcionando a contento, a viabilidade da LLX fica em dúvida, já que o estaleiro e a petroleira são clientes do porto. Se a LLX não deslancha, complica para a MPX, que vende energia para ela. E aí quem pode ficar sem cliente é a CCX…
Nisso, o mercado passou a ver a interconexão das empresas X mais como vício do que como virtude. E o valor de mercado delas despencou,  levando junto uma fatia da fortuna de Eike, já que o grosso de seu patrimônio são as ações que ele tem das próprias companhias. O preço somado de todas as ações da OGX, por exemplo, já foi de R$ 75 bilhões. Hoje é de R$ 10 bilhões. Aqui vai quanto cada uma caiu:
OGX (petróleo):  -86%
De R$ 75 bilhões (out 2010) para R$ 10 bilhões
OSX (estaleiro):  -77%
De R$ 9,4 bilhões (mar 2010) para R$ 2,1 bilhões
LLX (porto): -75%
De R$ 5,8 bilhões (abr 2011) para R$ 1,4 bilhão
MPX (energia): -28%
De R$ 8,5 bilhões (mai 2012) para R$ 6,1 bilhões
CCX (minas de carvão): -51%
De R$ 1,4 bilhões (mai 2012) para 680 milhões
Eike esboçou seu império antes da crise de 2008, quando o barril de petróleo estava a quase US$ 200 e o apetite da China por minério de ferro parecia infinito. De lá pra cá o preço do petróleo e o do minério caíram pela metade. Aí complica, já que esses são os dois grandes pilares da coisa toda.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sistema Cantareira tem maior sequência de altas em 658 dias


As represas que abastecem 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo já subiram 1,9 ponto percentual com as altas que ocorrem desde o dia 3 de fevereiro. A elevação começou 658 dias após a última série com aumento de nível desse porte, em abril de 2013, segundo tabulação dos dados divulgados pela Sabesp feita pelo G1.

Daquela vez, o nível subiu 2,0 pontos percentuais entre os dias 4 e 17 de abril. Chuvas daquele porte ainda não chamavam a atenção, já que o sistema operava 63,9% da sua capacidade. Nesta sexta-feira (13), o nível de armazenamento é de apenas 6,9%, já contando duas cotas do volume morto.
A expectativa é que a atual elevação de fevereiro possa superar a de 2013. Isso porque a chuva registrada no Sistema Cantareira no mês já é de 145,9 mm, 73% do esperado, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prevê mais 140 mm para os próximos seis dias.

A chuva registrada inclusive já supera a de abril de 2013, que foi de 65,4 mm e ficou concentrada naquela primeira quinzena do mês.

Depois daquele mês, a cidade passou por vários meses sem nenhuma elevação de nível. Entre eles, meses em que se espera que os reservatórios encham, casos de dezembro de 2013, janeiro e fevereiro de 2014 e janeiro de 2015.

Em março do ano passado, o sistema subiu 0,6 ponto percentual somando quatro altas espalhadas durante o mês, que não conseguiram impedir que o nível das represas continuassem caindo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Resgatados em navio-plataforma que explodiu chegam a Vitória

Trinta e três pessoas chegaram à capital por volta das 21h.
Navio-plataforma explodiu no litoral de Aracruz, deixando 3 mortos.

Os trabalhadores que não se feriram na explosão no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, que explodiu nesta quarta-feira (11) no litoral de Aracruz, Norte do Espírito Santo, foram resgatadas e transportadas até Vitória, onde se hospedam em um hotel na orla de Camburi. Cerca de 30 pessoas chegaram ao local ainda durante a tarde e 33 por volta das 21h, entre homens e mulheres.
O navio-plataforma explodiu por volta de 12h50, no litoral de Aracruz, Norte do estado. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), 74 pessoas estavam no navio-plataforma. Não houve vazamento de óleo no mar. Três pessoas morreram, dez ficaram feridas e seis estão desaparecidas. Os demais trabalhadores foram resgatados e levados para um hotel em Vitória.
Os funcionários que chegaram ao Terminal Portuário de Vila Velha durante a noite passaram por uma triagem, feita por uma equipe médica. Aqueles que tinham algum tipo de ferimento ou outro problema foram levados para hospitais da região, como foi o caso de uma mulher que estava em estado de choque. Os outros seguiram para o hotel em Vitória.
Uma autônoma de 36 anos, esposa de um operador de produção que estava no navio, contou que o marido está entre as pessoas embarcadas que não se feriram. "Na hora que soube da explosão, senti uma coisa muito ruim. Medo, angústia e desespero, aquela dúvida entre chorar e rezar. Entrei em contato com a empresa que meu marido trabalha e fui informada de que ele não estava entre os mortos e feridos. Me orientaram a ir para o hotel, para encontrar com ele", disse, sem se identificar.
Assim como ela, muitos familiares seguiram para o hotel a espera de notícias e pela chegada dos funcionários resgatados, o que ocorreu por volta das 23h20. "Está tudo bem, agora estou aliviado", se limitou em dizer um dos funcionários.
Feridos
Entre os 10 trabalhadores que se feriram na explosão do navio-plataforma no litoral do Espírito Santo, nesta quarta-feira (11), oito estão em um mesmo hospital particular da Serra, na Grande Vitória. O diretor técnico do Vitória Apart Hospital, Cláudio Pinheiro, informou que o paciente em estado mais crítico é um filipino, que está em sedação profunda. Dos oito internados, cinco são brasileiros e três estrangeiros; sete são homens.
O diretor explicou que três pessoas, incluindo o filipino, estão em estado grave, três em moderado e duas com ferimentos mais leves. "O paciente filipino foi o único que chegou ao hospital sedado, os outros chegaram conscientes. Os que tem ferimentos mais leves não estão recebendo menos atenção, pois ainda podem aparecer traumas. Soubemos que um dos feridos ficou preso em um elevador e inalou muita fumaça, o que foi bastante prejudicial", disse.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Protesto interdita as duas pistas da Ponte Rio-Niterói

Mais de 150 funcionários do Comperj participam da manifestação.
Polícia Rodoviária Federal negocia o fim do protesto.

Funcionários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) interditaram nesta terça-feira (10) as duas pistas da Ponte Rio-Niterói. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, 300 trabalhadores participam da manifestação. Já de acordo com a CCR-Ponte, 150 manifestantes participam do protesto. Ainda segundo a concessionária, a pista sentido Rio foi interditada na altura do vão central por volta das 11h30. Agentes da Polícia Rodoviária Federal acompanham a manifestação.
De acordo com o Centro de Operações Rio, a pista sentido Niterói foi fechada às 12h48. A concessionária CCR Ponte colocou em ação um plano de emergência. Os motoristas que chegam da BR-101 encontram o início da Ponte Rio-Niterói fechado, para evitar que fiquem presos no congestionamento.
Às 13h47, uma pista do sentido Rio foi liberada aos motoristas. Ainda assim, quem trafega pela região enfrenta engarrafamento na região.
Transporte por barcas reforçado
A Secretaria Estadual de Transportes determinou o reforço imediato no serviço de barcas para atender à população prejudicada pelo protesto. A medida será mantida até a liberação do fluxo de veículos na ponte.
Uma hora e meia após o começo da manifestação, a CCR Barcas já registra aumento de 20% na demanda na travessia Rio-Niterói. Por enquanto, a operação segue normal, com intervalos de 20 minutos na linha Rio-Niterói.
O Centro de Operações Rio pede que os motoristas evitem acessar o Centro do Rio, pois já são sentidos reflexos do engarrafamento causado pela manifestação nas principais vias da região.
Também há lentidão na Avenida Brasil, nas pistas sentido Centro, até a altura de Manguinhos. Os motoristas também enfrentam movimento lento na Via Binário, sentido Avenida Brasil, desde a Cidade do Samba. Ainda há problemas em toda a extensão da Avenida Francisco Bicalho, pista sentido Avenida Brasil.
Mesmo após a liberação da pista sentido Niterói, o Centro de Operações Rio informa que ainda há lentidão na Avenida Brasil e na Linha Vermelha.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Por acusação de doping, Anderson Silva tem R$ 16 milhões bloqueados pelo UFC Bolada estaria congelada até o julgamento pelo teste positivo para anabolizantes, que acontecerá em fevereiro


teste positivo de Anderson Silva para substâncias que são metabólitos de anabolizantes não prejudicam sua carreira apenas dentro do octógono. Além de manchar a imagem de um atleta considerado por muitos como ídolo nacional, o polêmico caso pode prejudicar sua própria vida. Segundo o jornalista Lauro Jardim, da revista Veja, Spider teve os US$ 6 milhões (cerca de R$ 16,2 milhões) que receberia pela volta ao octógono bloqueados pelo UFC.

::: Anderson Silva se defende: "Vou limpar meu nome"
Ainda segundo a publicação, a bolsa se manterá congelada até que o julgamento sobre o caso, que está previsto para acontecer no dia 17 de fevereiro, aconteça. Após a luta, foi anunciado que Anderson receberia a bolsa de US$ 800 mil (cerca de R$ 2,1 milhões) pelo combate, mas isso não inclui os valores extras pagos pela organização e sua participação nas vendas de pay-per-view.
Spider foi flagrado em teste surpresa realizado no dia 9 de janeiro, antes de sua vitóriacontra Nick Diaz, pelo UFC 183. O exame flagrou a presença de duas substâncias proibidas. Seu futuro no UFC ainda é incerto. Enquanto o caso não é concluído, o presidente do UFC Dana White optou por manter o brasileiro como treinador do TUF Brasil 4, reality show do UFC que está sendo gravado em Las Vegas (EUA).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Segundo pesquisas, Rio já esta com uma média de 1 pessoa por dia atingida por bala perdida!

O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, creditou o aumento do número de vítimas de bala perdida no Estado - foram 32 só em janeiro - à falta de fiscalização nas fronteiras do País, o que estaria facilitando a aquisição de armamento por parte das facções criminosas. Beltrame ressaltou que "bala perdida no Rio de Janeiro existe há muito tempo".
A Polícia Militar informou nesta terça-feira (3) ter apreendido 41 fuzis em janeiro, mais que o dobro do que fora recolhido no primeiro mês de 2014. Muitos deles são de fabricação estrangeira e teriam entrado no Brasil pela fronteira com o Paraguai.
— Essa rota é conhecida. O que eu falo há muito tempo é que há a necessidade de empenho do governo federal no sentido de coibir isso.
O secretário destacou que, das últimas 13 vítimas de bala perdida, três foram baleadas em confrontos entre criminosos e a polícia.
— O evento bala perdida no Rio de Janeiro não é de hoje. Comemora-se Réveillon em Copacabana dando tiro, e já tivemos episódios de pessoas feridas com isso.
Para ele, o aumento do número de casos teria relação direta com a facilidade no contrabando de armas potentes.
— Os bandidos hoje têm um apego à arma. Podem ver que querem armas bonitas, niqueladas, com adesivos inclusive de times de futebol. Existe uma ideologia de total banalização à vida e idolatria por armas, de preferência por armas de guerra.
As declarações do secretário foram dadas nesta quarta-feira (4), durante apresentação da comissão que cuidará do planejamento da segurança para os Jogos Olímpicos de 2016, que será integrado entre os três entes de governo.
32 casos de bala perdida em janeiro 
Uma adolescente de 14 anos e uma criança de 2 anos foram baleados durante um tiroteio na comunidade do Pavão-Pavãozinho, na zona sul do Rio, na noite do dia 2 de janeiro. 
Um suspeito morreu durante uma tentativa de assalto a um ônibus na avenida Brasil, na manhã do dia 14 de janeiro. Três passageiros ficaram feridos.
Cinco pessoas ficaram feridas na noite do dia 15 de janeiro na Baixada Fluminense. Uma criança e a mãe, uma mulher, um homem e um adolescente foram as vítimas. 
Larissa de Carvalho, de quatro anos, foi baleada quando saía de um restaurante com os pais em Bangu, zona oeste do Rio. Ela foi levada ao hospital, mas teve morte cerebral. A família decidiu doar os órgãos da criança.
No mesmo dia em que Larissa foi baleada, 17 de janeiro, Carlos Eduardo Rodrigues de Paula, de 33 anos, foi atingido por uma bala perdida quando ia para uma lanchonete no mesmo bairro.  
No dia seguinte, Asafe Ibraim, de nove anos, foi atingido por uma bala quando estava com a família no Sesi de Honório Gurgel, zona norte do Rio. O menino foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A família dele também decidiu doar os órgãos.
O quarto caso aconteceu no dia 20, quando uma mulher foi baleada enquanto varria o quintal de casa em Bangu. Também na zona oeste, em Santa Cruz, William Robaiana da Silva, de 35 anos foi atingido enquanto estava em um ponto de ônibus próximo à estação Cesarão do BRT. Ele foi levado para o Hospital Municipal Pedro II.
No dia 22, Lavínia Crissiullo, de três anos, foi atingida por uma bala perdida na perna durante um tiroteio na Cidade Nova, região central do Rio. A menina foi socorrida no Hospital Central da PM e foi liberada em seguida, já que os médicos optaram por não retirar o projétil.
Durante um evento de skate no Parque de Madureira, zona norte do rio, um torcedor, Edson de Jesus dos Santos, de 20 anos, foi atingido por uma bala perdida enquanto assistia ao campeonato. Ele foi medicado no Hospital Carlos Chagas e foi liberado.
No sábado (24), uma mulher foi atingida por uma bala perdida em Vaz Lobo, zona norte, durante um tiroteio no morro do Juramento. Ela foi ferida de raspão na perna e socorrida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região.
Também no sábado um menino de 14 anos, Caio Robert Carvalho Rodrigues, foi atingido no braço enquanto brincava do playground de um condomínio no bairro do Fonseca, em Niterói, região metropolitana do Rio. O menino é de Barbacena, em Minas Gerais, e está no Rio de férias em casa de familiares.
Já no domingo (25), outros casos foram registrados. Lilian Leal de Morais, de 13 anos, foi atingida na perna após um tiroteio em Costa Barros, zona norte, e foi encaminhada para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, em estado estável. Um menino de seis anos também foi baleado na mesma comunidade.
Em Mesquita, na Baixada Fluminense, uma pessoa morreu e três ficaram feridas quando foram baleadas por criminosos que chegaram atirando em um bar. Segundo a polícia, o confronto pode ter relação com disputa entre traficantes e milicianos.
Na segunda-feira (26), Sandra Costa dos Santos, de 58 anos, foi atingida na cabeça por uma bala perdida dentro de casa, em Bangu, zona oeste. Segundo a PM, o projétil atravessou o telhado da casa e atingiu a vítima. Ela foi levada para o Hospital Albert Schweitzer e teve alta no fim da tarde.
O adolescente Rafael Salis foi baleado durante um tiroteio no Complexo do Alemão na noite de segunda-feira (26)Ele estava soltando pipa quando foi atingido por uma bala perdida, segundo a mãe da vítima, Elisangela Salis. 
Um ciclista foi baleado durante uma troca de tiros entre policiais e bandidos no bairro de São Francisco, em Niterói, região metropolitana do Rio, na noite de quarta-feira (28). Os suspeitos teriam atirado contra PMs após o veículo em que estavam ter sido parado na saída de um túnel. 
Um oficial da marinha foi vítima de bala perdida nesta quinta-feira (29) na comunidade do Sapo, em Senador Camará, zona oeste do Rio. Ele estava no apartamento de casa quando foi atingido no tornozelo durante um tiroteio que aconteceu na operação da Polícia Militar.
Um adolescente foi atingido após uma tentativa de assalto em Campo Grande, zona oeste do Rio, durante a madrugada da sexta-feira (30). A vítima atingida por um disparo foi levada para o hospital Rocha Faria, e o estado de saúde é estável.